Reversão de procedimentos estéticos: quando o arrependimento vai além da aparência
- Rogéria Taragano

- 5 de ago.
- 1 min de leitura
Fui convidada para participar de uma matéria da Folha de S.Paulo para falar sobre os aspectos emocionais por trás da reversão de procedimentos estéticos. A reportagem aborda o aumento da procura por desfazer intervenções como preenchimentos, harmonizações e próteses - e eu pude contribuir com um olhar psicológico sobre esse movimento.
No consultório, não atendo pessoas que vêm para reverter procedimentos, mas escuto, cada vez mais, relatos sobre o impacto que essas transformações têm na relação com a própria imagem.

O arrependimento, nesses casos, costuma vir acompanhado de um estranhamento profundo: “eu não me reconheço mais”. Essa sensação pode gerar frustração, vergonha e até isolamento. Em situações mais complexas, pode estar ligada a transtornos como a dismorfia corporal - uma condição em que a percepção negativa sobre a própria imagem traz sofrimento intenso e prejudica o dia a dia.
Então, o que fazer quando o espelho já não devolve quem você sente que é?
Mais do que pensar em novas intervenções, acredito que o primeiro passo é acolher esse sentimento e buscar compreender sua origem. Em alguns casos, o acompanhamento psicológico ajuda a reconstruir essa relação com o corpo, trazendo novas perspectivas e fortalecendo a autoestima.
Reverter um procedimento pode ou não ser possível do ponto de vista técnico - mas o mais importante é cuidar da relação que você tem consigo mesma nesse processo.
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